A história do nosso planeta está preenchida de acontecimentos conflituosos,
revelando que o homem ainda não conseguiu libertar-se dos instintos selvagens
condicionados pelos medos. Ainda o instinto de sobrevivência.
Desde as eras mais remotas até à atualidade, em essência, nada mudou. Mesmo
nos momentos de aparente acalmia, havia na retaguarda a preparação para o
esperado conflito, períodos a que chamamos de “guerra fria”.
Grandes filósofos foram enviados, entre os quais o Maior de todos eles, há
dois mil anos, para nos dizer que os tempos da mudança eram chegados. Numa
pequena frase “Amai-vos uns aos outros”, ele nos disse que o paradigma da
“competição” estava obsoleto e que o da “colaboração” seria naturalmente o seu
sucessor.
Com a evolução do conhecimento, não há mais razão para temer a sobrevivência.
Ela só é posta em causa pela atitude obsoleta de homens que ainda acreditam que
só a violência lhes dá segurança, e, infelizmente, esta é ainda a ideia
dominante.
Desde os bancos da escola, mesmo num mundo que se afirma Cristão, somos
massacrados com a ideia de ter de ser mais que o outro, não para melhor servir,
mas para melhor se servir.
Como coexistir a Paz com uma luta exacerbada por ter mais que o outro, por
ser mais que o outro, por dominar mais que o outro?
A verdadeira paz só existirá quando deixarmos de estar preocupados apenas
com o nosso umbigo e nos dispormos a colaborar com o bem-estar da humanidade
como um todo. Com essa atitude não haverá mais razões para temer.
“A violência só me atinge enquanto acreditar que ela é a solução para a
minha insegurança”
A luta de hoje é entre dois paradigmas, o da “competição” e o da
“colaboração”. O primeiro, com provas dadas de que não mais serve aos nossos
anseios de felicidade; o segundo é a nova luz com base racional do “A cada um
segundo as suas obras” ou “Cada um colherá segundo a sementeira que fizer”.
É tempo de entendermos que o sofrimento que o mundo atravessa nos quer
dizer alguma coisa e que, se queremos que as “coisas” mudem, temos que mudar as
causas que as originam.
Ter um mundo melhor, está em nossas mãos!