Vivemos momentos conturbados, que nos estimulam os sentidos e
o ego à exaustão, deixando pouco ou nenhum tempo para o cuidado da alma.
Enrolamo-nos em tesouros que os ladrões roubam, em haveres
que a ferrugem corrói, em vãs promessas de eterna juventude.
Esta é a casa na nossa alma, oferecendo-lhe um templo estéril
e sem alimento.
A alma faminta permanece adormecida e sem condições para
despertar porque desconhece, na sua fragilidade, a proposta diuturna da luz que
não descansa e nunca desiste até ao dia do acordar.
Esse é o fim da noite escura da alma, numa alvorada abençoada
que lhe abre os caminhos do burilamento, esculpindo a pedra bruta e refinando a
consciência.
Brilha, assim, a tua luz.
Psicografada em 2025/11/13