O homem é
ainda juvenil no que concerne à sua visão da perda, trazendo-lhe imenso
sofrimento, o qual, por si só, devia ser suficiente para lhe mostrar que há
algo de errado, carecendo de ser refletido e modificado.
Na sua
limitada visão da vida e das coisas que o cercam, o homem é adverso à mudança e
tem uma enorme resistência a aceitar perdas, sejam pessoas, sejam coisas, sejam
condições e características pessoais como a saúde e a juventude.
Mas, no
Universo, não se perde o que não se possui; muito pelo contrário, o que se
alcança de perene é inalienável e jamais se perde.
Se o
homem quer crescer em maturidade espiritual, deve refletir nos motivos das
suas dores ante a perda, pois, certamente, há um grande equívoco que necessita
ser corrigido.
Após esse
ajuste de conceito, há um longo percurso de correção, pois, são imensas as
situações em que o homem reage incorretamente por perdas, diretas ou
indiretas, mormente por questões que, não sendo conscientemente avaliadas como
perdas, o são efetivamente nas profundezas íntimas do ser.
Este
trabalho só está concluído quando o homem aprender a fluir com a vida, de forma
serena e harmónica.
O maior
problema e a maior dificuldade é que o entrave e a luta do homem é consigo
mesmo, pois, na génese de todas as dificuldades está o egoísmo, depurado de um
instinto de preservação com séculos de refinamento, o qual, na maioria das
vezes, tem subtilezas que o próprio homem desconhece.
Psicografada em 2018-06-22