Existem
muitos conceitos que o homem tem e que precisa de os avaliar sob uma nova
perspetiva: um exemplo é o conceito de “fim”. O fim, não existe. Existe apenas
o início. O conceito de “fim” dos
homens implica algo terminado, seguido de vazio; no entanto, no universo,
existem inícios. Se o homem integrar bem o conceito de início, deixa também de
existir o fim para si. A partir desse momento, o infinito abre-se-lhe: a morte,
deixa de ser o fim, passa a ser o início da próxima etapa; a perda de alguma
coisa ou de alguém passa a ser o início de mudança de paradigma que lhe trará
novidades; o fim de algo passa a ser vivido como o princípio de algo ainda
melhor. Se o homem crescesse com este conceito bem entendido, as etapas da vida
suceder-se-iam, umas após as outras, sem que o homem alguma vez sentisse perder
forças, vitalidade, objetivos. O envelhecimento seria a etapa mais
gratificante da sua vida. A própria morte seria encarada com mais simplicidade,
sem medo, com mais resignação e, acima de tudo, com consciência de um novo
início. Na vida de cada ser, o Pai proporciona vários inícios, pena é que muito
poucos conseguem entender essa oportunidade, os caminhos novos, as portas
abertas. Ao entender como um “fim”, o homem perde a perspetiva de captar as
novas dimensões e reduz-se à pequenez do seu entendimento. É preciso abrir a
consciência a novos conceitos: é o início
do caminhar para a luz, nas suas múltiplas e infinitas dimensões.
Psicografada em 2018/01/05