O homem, na essência,
é um espírito imortal, usando a vestimenta transitória da via física. 
A existência regular
no corpo terrestre é uma série de alguns milhares de dias – átimos de tempo na
Imortalidade – concedidos à criatura para o aprendizado de elevação. 
A crosta do Mundo é o
campo benemérito, onde cada um de nós realiza a sementeira do próprio destino. 
A ciência é o serviço
do raciocínio, erguendo a escola do conhecimento. 
A filosofia é o
sistema de indagação que auxilia a pensar. 
A religião, porém, é
a bússola brilhante, desde a Terra, o caminho da ascensão. 
Todos nós somos
herdeiros da Sabedoria Infinita e do Amor universal. 
Entretanto, sem o
arado do trabalho, com que possamos adquirir os valores inalienáveis da
experiência, prosseguiremos colocados ao seio maternal do Planeta, na condição
de lesmas pensantes. 
Não repouses à frente
do dia rápido. 
Abre os olhos à
contemplação da verdade que regera e edifica. 
Abre a mente aos
ideais superiores que refundem a existência. 
Abre os braços ao
serviço salutar. 
Descerra o verbo à
exaltação da bondade e da luz. 
Abre
as mãos à fraternidade, auxiliando ao próximo.
Abre, sobretudo, o
coração ao amor que nos redime, convertendo-nos fielmente em companheiros do
amigo Sublime das Criaturas, que partiu do mundo, de braços abertos na cruz,
oferecendo-se à Humanidade inteira. 
Cada inteligência
tocada pela claridade religiosa, nas variadas organizações da fé viva, é uma
estrela que ilumina os remanescentes da ignorância e do egoísmo, no caminho
terrestre. 
Liberta-te
e sobre a luz do píncaro, a fim de iluminares a marcha daqueles mais
necessitados que tu mesmo, na jornada de aperfeiçoamento e libertação.
(Do
Livro “Apostilas da Vida” de André Luiz/Chico Xavier)