Vencer o Egoísmo
Pergunta: Qual seria o resultado para a sociedade do enfraquecimento dos laços familiares?
Resposta: Um agravamento do egoísmo.
(Pergunta nº 775 d' "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec)
Indiscutivelmente, o egoísmo e o orgulho são as maiores chagas da humanidade.Os males que atormentam as pessoas e que lançam sombras sobre as colectividades, causando grandes prejuízos no convívio social, têm por base estas duas chagas.Conhece e identifica estes dois espinhos mas, sendo um fraco, ainda hesita em extirpá-los e deste modo, continuam a perfurá-lo.É, sem dúvida, na família, que temos a grande e valiosa oportunidade de combater, principalmente, o egoísmo, pois é nela que aprendemos uma matemática diferente: a de dividir para multiplicar. Sim, é isso mesmo. Dividimos o espaço, renunciamos a vocações, prazeres e conforto, para multiplicarmos amor, fraternidade, solidariedade, dedicação e desprendimento.
Quando somos crianças, relacionamo-nos com os nossos pais e irmãos de um modo mais directo, mas temos uma grande liberdade de movimentos, decisões e escolhas.Entrando na fase do namoro, damos início à nossa vida de divisão e de renúncias pois começamos a aprender a ceder um bocadinho perante a pessoa que está ao nosso lado. O jovem gosta de uma coisa, a jovem gosta de outra e, para ter uma vida a dois, é imperioso haver renúncia. Quando casamos, vêm os filhos. Novas renúncias... Dormimos menos, o sossego acaba, a vida fica mais agitada porque precisamos de pensar nas crianças, tratar delas, ajudá-las, ampará-las, dar-lhes assistência..Como é óbvio, pensamos bastante menos em nós e muito mais nelas praticando, de modo notável, o desprendimento.
É desta forma que o egoísmo vai perdendo espaço,pois o egoísta é quem pensa só em si. Assim, quando dirige as suas acções para os outros, consegue sair da sua "concha", para ampliar o seu potencial.A família vai crescendo, as exigências vão aumentando e, cada vez mais, temos necessidade de renunciar, de pensar nos outros, de servir a quem amamos e, tanto cooperar com os nossos familiares, aprendendo também a ajudar quem passa por nós na vida de sociedade. É deste modo que, a pouco e pouco, vamos quebrando a couraça do egoísmo e fazendo surgir no nosso íntimo o ser solidário, fraternal, sensível e pacífico.Enfraquecer os laços familiares, viver despreocupadamente, e desprezar o baluarte do lar, não seria mais doque fortalecer, aumentar o egoísmo que já existe dentro de nós e que tem causado tantos prejuízos a todos os níveis.
Waldenir A. Cuin
* Administrador de empresas, escritor e Presidente da Associação Beneficiente Irmão Mariano Dias, de Votuporanga (SP) - Brasil
Texto extraído da Revista Espírita Verdade e Luz (edição nº3)
MUITA PAZ!
Pergunta: Qual seria o resultado para a sociedade do enfraquecimento dos laços familiares?
Resposta: Um agravamento do egoísmo.
(Pergunta nº 775 d' "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec)
Indiscutivelmente, o egoísmo e o orgulho são as maiores chagas da humanidade.Os males que atormentam as pessoas e que lançam sombras sobre as colectividades, causando grandes prejuízos no convívio social, têm por base estas duas chagas.Conhece e identifica estes dois espinhos mas, sendo um fraco, ainda hesita em extirpá-los e deste modo, continuam a perfurá-lo.É, sem dúvida, na família, que temos a grande e valiosa oportunidade de combater, principalmente, o egoísmo, pois é nela que aprendemos uma matemática diferente: a de dividir para multiplicar. Sim, é isso mesmo. Dividimos o espaço, renunciamos a vocações, prazeres e conforto, para multiplicarmos amor, fraternidade, solidariedade, dedicação e desprendimento.
Quando somos crianças, relacionamo-nos com os nossos pais e irmãos de um modo mais directo, mas temos uma grande liberdade de movimentos, decisões e escolhas.Entrando na fase do namoro, damos início à nossa vida de divisão e de renúncias pois começamos a aprender a ceder um bocadinho perante a pessoa que está ao nosso lado. O jovem gosta de uma coisa, a jovem gosta de outra e, para ter uma vida a dois, é imperioso haver renúncia. Quando casamos, vêm os filhos. Novas renúncias... Dormimos menos, o sossego acaba, a vida fica mais agitada porque precisamos de pensar nas crianças, tratar delas, ajudá-las, ampará-las, dar-lhes assistência..Como é óbvio, pensamos bastante menos em nós e muito mais nelas praticando, de modo notável, o desprendimento.

Todos os homens que formam a sociedade tiveram origem nas famílias; logo, se muitos não agem dentro dos padrões da dignidade, isso deve-se de certeza a não terem encontrado nos seus lares os referenciais adequados que pudessem nortear os seus passos, salvo raras excepções.Devemos pensar na família como uma ferramenta valiosa e imprescindível para a nossa evolução e amadurecimento e, dentro do possível, oferecer-lhe a nossa dedicação total.
Não tenhamos ilusões!.... O indivíduo só se realiza plenamente quando assume a posição de polo irradiante de paz, alegria, felicidade, amor e fraternidade. Mas para que isto aconteça, é preciso extirpar o egoísmo, porque este é um dos grandes obstáculos que trava o progresso social.
Dediquemo-nos à família, com muito amor, e estaremos também a dedicar-nos a nós.
Waldenir A. Cuin
* Administrador de empresas, escritor e Presidente da Associação Beneficiente Irmão Mariano Dias, de Votuporanga (SP) - Brasil
Texto extraído da Revista Espírita Verdade e Luz (edição nº3)
