O desespero constitui uma situação limite, o culminar de
erros: erros de visão, erros de perspetiva, erros de interpretação, erros de
entendimento, erros de avaliação, erros de previsão.
Com maior ou menor extensão, com maior ou menor intensidade,
o homem entra por caminhos ilógicos e ilusórios, contudo, apresentando-se como
verdade irremediável e sem solução.
É necessária muita tolerância com quem está em desespero
pois, só a presença de amor, constante e serena, pode operar a bênção da
reversão dos erros e equívocos, nos momentos de alívio das almas atormentadas.
Força e constância no cuidado amoroso é serviço de luz.
E, para todos, sem exceção, a vigilância e a oração, porque
há meandros subtis nos revezes das nossas fraquezas, que podem surpreender-nos
e levar-nos a cair nas malhas do desespero.
Psicografada em 2020-06-12