O homem entende o destino como um
pré-concebido porvir. Assim o entende e assim o aceita.
Mas há no destino dois tipos de destinos:
o destino que o homem cria, na sua ignorância, e a providência divina auxilia
na correção, impondo-o, como repercussão de vidas vividas na ignorância. São
destinos compulsórios que abençoam o homem ignorante para o seu reajuste.
Há também o destino escolhido, o destino
construído pelo homem que já escolhe e reflete. Quanto mais refletidas e bem
escolhidas as contingências da vida, mais o homem consegue predestinar o seu
bom devir. Quanto mais distraído e desatento na reflecção, mais sugere, o
homem, o concurso do auxílio da providência divina, que nunca o abandona.
Psicografada em 2018-05-04