Natal de 2013
Um dia, um médico que
exercia funções no INEM, momentos antes de sair de casa (sendo esta, mais uma
de muitas vezes), teve uma acesa discussão com sua mãe, em quem, como se
costuma dizer, despejava sua raiva. Era ela a culpada de todas as suas
dificuldades.
Bateu a porta e saiu.
Momentos depois,
chegado ao local de trabalho, apercebeu-se que uma ambulância tinha saído,
chamada para socorrer uma senhora. Pouco depois, é-lhe solicitado que vá ter
com essa ambulância para ajudar a equipa. O caso estava em mau caminho e a
ambulância pára para serem prestados socorros à paciente no caminho para o
hospital.
Esse médico, chegado
ao local onde está parada a ambulância com a doente, é surpreendido com a
doente já quase em falência respiratória, que lhe disse: Não vale a pena
intervires, meu filho! Nada mais há a fazer, resta-nos apenas a despedida.
Ele, quase sem
palavras, disse: Não, ainda não, por favor aguente mais um pouco!
A mãe responde: Isso já
venho eu a fazer há muito! Este momento, meu filho, Deus o concedeu para que
nos pudéssemos despedir num ambiente mais calmo e dar-te a oportunidade de
veres com os teus olhos, para não culpares nenhum dos teus colegas pela minha
morte. Levo comigo a tristeza de não te teres, nunca, apercebido que a
divergência que tinhas comigo, era uma oportunidade de resolveres erros do
passado.
Não chores o passado,
aproveita este presente que te pode servir de alicerce para um futuro próximo.
Que a Paz de Deus fique para sempre contigo!