LXXII PÁGINA
Diz-se que o amor divino é uma inesgotável fonte que alimenta tudo quanto tem criado. E nós sentimos que é assim, porque, tanto o homem como a Natureza – criação primária do mundo físico – é uma contínua manifestação do sublime amor do Criador.
E é aí, nesse grandioso Amor, que estão firmados todos os alicerces das humanidades que já passaram, daquelas que habitam outros mundos e daquela humanidade pela qual nós lutamos, que é a humanidade terrena. E há uma razão forte, meu filho, para nós lutarmos por essa humanidade: É que sentimos a derrocada eminente que está sobre ela. Derrocada que é fruto dos seus próprios actos. Derrocada que a fará renascer de novo, que a fará recomeçar, que a fará ter desejos mais elevados, que a fará recolher-se a si própria para aprender.
E porque os anos que vós contais são para nós fugazes minutos, apressamo-nos a trazer todo o nosso trabalho, nesta cooperação fraterna para que, entrelaçados uns com os outros, ainda salvemos dessa derrocada alguns dos nossos irmãos.
E tu que ponderas já sobre tudo quanto te escrevo e que meditas em cada página que lês, olha com amor essa humanidade e vê em que lhe podes ser útil. Mas, não te esqueças que dessa humanidade tu fazes parte. E, só quando tu fores manancial de Amor, essa manifestação contínua de amor pelo próximo, só nessa altura, tu estarás apto para esse trabalho.
Mas nós confiamos. Confiamos porque sabemos que depois de um terreno cultivado, ele está apto a dar o seu fruto e se tu estás apto a dar o fruto, então, não o negues àqueles que sofrem. É tudo rápido, meu filho. Tudo muito rápido!...
Não para ti, que ainda contas os dias e as noites, mas, se pudesses ver como nós, se pudesses ler como nós… Então seria para ti um tormento maior.
Assim vais nos teus dias, mais normalmente nas tuas horas… Mas, assim mesmo, não descanses, meu filho, não descanses!...
"Corolário do Amor" Este é o título de um livro ditado por uma mãe, já no mundo espiritual, a um filho do coração ainda aprisionado num corpo carnal. Transcrevemos apenas uma página que, tal como as restantes, podem ser dirigidas a cada um de nós.